tipologias de habitação
de interesse social sustentável
concurso nacional de projeto de arquitetura ‐ companhia de desenvolvimento habitacional e urbano (cdhu) ‐ instituto de arquitetos do brasil (iab‐sp)
local
campos do jordão | sp
projeto
2010
programa
edifício residencial multifamiliar, 200 unidades
equipe
gabriel grinspum,
mariana simas e
carlos arellano
consultor
myriam tschiptschin (estratégias bioclimáticas)
geografia
buscamos retomar, no edifício, a tipologia da casa, do sobrado de dois pavimentos. o objetivo é ampliar a acessibilidade das unidades verticalizadas e valorizar a rua como elemento primordial, que constitui a urbanidade, espaço destinado ao homem.
o território é a base para a proposta do projeto, localizado no planalto paulistano, onde predomina um mar de morros e os desníveis são constantes. a estratégia adotada cria planos estruturadores, que definem as cotas de acesso aos edifícios. o blocos são conectados por ruas aéreas, que permeiam as constantes colinas e se juntam em nível ao traçado das vias existentes.
cidade
a urbanização do território é essencial para consolidar o partido adotado na tipologia. as vias são dotadas de equipamentos como calçadas generosas e estacionamentos lineares arborizados. esta chegada lembra um porto e é a porta de entrada do conjunto.
esta forma de se apropriar do território, que apresenta inclinações distintas, permite liberar terreno, estes espaços são retomados pela natureza, a mata atlântica, proposta que contribui para o equilíbrio do bioclima.
junto aos blocos e aos jardins surge uma praça central que é o espaço cívico do conjunto. abaixo desta esplanada, temos o salão cívico, espaço coberto onde serão realizadas as reuniões e as festas do condomínio.
arquitetura
a tipologia é um sistema aberto, a rua e o sobrado. as medidas e o programa são flexíveis e podem ser alterados sem prejudicar a fórmula adotada.
nas opções de apartamentos, a área total atende a demanda da cdhu. o edifício não é dotado de unidades com áreas distintas. a estratégia de variação se baseia nas possibilidades de disposição dos módulos e na disponibilização de uma planta livre na parte interna das unidades. esta solução gera volumes diferentes nos blocos, permitindo ao programa de cada casa se adaptar a cada família. entre os dois níveis do apartamento, distribuem-se, no mesmo volume, dois dormitórios com áreas sociais e funcionais generosas, ou três dormitórios com espaços comuns mínimos.
a escada interna das unidades foi projetada para fora do volume principal. este elemento, que faz a transição entre um nível e podendo se transformar em um mirante voltado para os pátios constituídos pelos blocos e pala rua.
a ideia não foi inovar no programa e muito menos nos métodos construtivos e padrões de acabamentos praticados pela companhia de desenvolvimento habitacional e urbano. a proposta de projeto busca uma mudança na forma de se apropriar do território e no processo político, que constrói as periferias das cidades contemporâneas, somente com as unidades de habitação, sem investir nos espaços e equipamentos públicos que servem estes conjuntos.
cor
para identificação de cada bloco, foram utilizadas cores primárias, como amarelo, vermelho e azul somente nos caixilhos metálicos, que contrastam a base branca das alvenarias caiadas.