escola do bairro
local
vila mariana | são paulo | sp
projeto e obra
2016
programa
requalificação de casarão existe e construção de novo pavilhão anexo para abrigar centro de educação infantil e fundamental com 05 salas de atividades, solário, pátio coberto, pátio descoberto, cozinha, refeitório, sanitários, áreas de serviço e administração, 340m².
equipe
gabriel r. grinspum,
isabel sperry,
tomas faria,
gisela porto,
carlos arellano
consultores
ricardo heder (luminotécnica),
lucimara l. costa (nutricionista)
gestão e execução
jairo gen
mobiliário
camila bianchi (maria joaquina marcenaria)
paisagismo
thea standerski
escultura
sara rosenberg
esquema de ocupação
planta cobertura
planta térreo
planta 1º pavimento
corte longitudinal
elevação sul
elevação norte
elevação leste
a proposta pedagógica se apoia no sentido de pertencimento ao lugar e o projeto afirma esta ação propondo espaços abertos, com grande integração. as atividades dos alunos vão se apropriar dos equipamentos existentes no entorno e o espaço da escola pretende acolher a comunidade e proporcionar um equipamento urbano ao bairro.
o casarão de estilo eclético que acolhe a instituição esta implantado em um terreno com entorno tombado pelo patrimônio histórico e esta memoria material reforça o caráter local da escola. a demolição de construções posteriores que descaracterizavam o imóvel destacou o valor simbólico do edifício e o potencializou com a qualificação das estruturas internas. para complementar o programa necessário, foi adicionado um novo pavilhão com estrutura leve e franca que afirma o caráter universal do projeto pedagógico.
um pequeno volume estranho ao casarão é preservado para absorver as áreas molhadas deste edifício. este elemento adquire uma plasticidade que contrasta com os ornamentos e as proporções das aberturas da antiga construção. engastado com esta torre uma marquise nova se desenvolve para o interior do lote e, ao mesmo tempo em que abriga algumas infraestruturas da escola, organiza os fluxos e define os espaços vazios do conjunto. em um segundo nível, mais alto que o da marquise, duas novas coberturas leves organizam os espaços vazios cobertos e os espaços vazios descobertos.
os espaços pedagógicos são flexíveis e adquirem funções múltiplas. a integração com as áreas externas é reforçada com portas amplas que permitem conectar ou dividir os ambientes. estas grandes superfícies recebem os quadros negros das salas. as sobreposições de usos e a concentração das atividades são viabilizadas com a sinergia obtida pela inclusão dos equipamentos urbanos existentes no bairro ao dia-a-dia dos alunos. o instituto biológico, a cinemateca, o parque ibirapuera, o sesc vila mariana e o centro cultural são paulo são lugares que reforçam o valor da cidade como local que inspira o conhecimento e a convivência humana.
a urbanidade do projeto se afirma com a dos edifícios de diferentes épocas através de sua estrutura, por meio da fluidez dos espaços e com usos múltiplos. o prédio abriga parte das atividades cotidianas dos alunos e comporta receber pais, professores e a vizinhança em eventos pedagógicos e festivos. a continuidade das áreas externas e a estrutura compacta dos edifícios reforçam a abertura que a escola pretende ao bairro, potencializando sua relação com a natureza através da integração dos pátios e jardins com os espaços semiabertos definidos pelas coberturas elevadas.